sábado, 1 de junho de 2013

Babi Jaques e os Sicilianos

       Uma apresentação entre luvas e leques, ritmadas por percussões datilografadas e melodias sussurradas no canto de cachimbo. Assim a banda Babi Jaques e os Sicilianos nos mergulharam na fantástica Nostrife da década de 50 de 2010, na última Segunda de Primeira do Bar 662.


      Vindos de Recife, Pernambuco, o quarteto esteve pela terceira vez na nossa cidade para divulgar seu novo disco, Coisa Nostra, gravado após a vitória do grupo no festival recifense Pré Amp 2012. A primeira vez que eu os vi foi na Moenda de 2010, divulgando seu EP com algumas de suas primeiras músicas que mais tarde integrariam o Coisa Nostra. Eu não sabia da apresentação na época, mas foi impossível não parar para assistir aquele quarteto com roupas dos anos 50 que teciam seu blues recifense emoldurados por uma voz sedutora e retumbante. Na verdade, seria mais correto chama-los de "nostrifenses", como eles mesmos se chamam, habitantes da fantástica ilha de Nostrife de onde eles dizem ter trazido a herança cultural dos filhos da máfia.


       Babi Jaques e os Sicilianos é uma daquelas bandas que você precisa assistir ao vivo. A estética é um elemento forte dentro do grupo através dos figurinos produzidos especialmente para os shows e também na interpretação que cada um fazia do seu próprio eu em cima do palco, transformando a apresentação numa verdadeira performance narrativa. Não é o objetivo da banda fazer uma peça musical, mas há ideias e conceitos expressados pela interação dos músicos e na interpretação das canções. Você realmente se sente dentro dessa Nostrife cantada por Babi Jaques e os Sicialianos onde conhecemos a cantora Manuelita do Capibaré, o sedutor Barros, além de outras histórias nostrifenses, no entanto toda essa narrativa musical do grupo ainda não aparecia no EP que somente agregou todos esses elementos musicais e visuais no novo disco Coisa Nostra.


      Nesse disco, Babi Jaques e os Sicilianos conseguiram transmitir todas ideias narradas nas performances ao vivo nos transportando para a atmosfera do show numa construção de estúdio que pegou musicas já concluídas e as enriqueceu para que elas representassem melhor o conceito da banda, resultando num dos melhores discos dos últimos anos. Sedutor, estimulante e significativo, assim podemos descrever esse disco que melhorou o que já parecia maravilhoso. Você pode conferir o disco na íntegra abaixo:




     Se você gostou de Babi Jaques e os Sicilianos, o Chimarrão Radioativo dessa segunda vai contar com a participação da banda falando sobre o novo disco. Confere lá!

Felipe Essy


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