sábado, 7 de dezembro de 2013

Convívio Social

por Maurício Collar


     Conviver dia a dia com angústia e medo é perturbador. São as chamadas fobias, em que os pensamentos negativos invadem a mente, deixando um rastro de insegurança por onde passamos.

     Desde criança fomos criados a sentir medo. Já fui assustado por bicho papão, com o atravessar a rua, de chupar bala que nos oferecem, dar papo a estranhos, de não encontrarmos um amor e ficarmos solteirões para o resto da vida, de não ir a velório, pois ficaremos impressionados. Por ai segue os amedrontamentos até ficarmos adultos. Então começamos a colher os frutos podres dessas experiências vividas.

     Conheço uma pessoa que só consegue viver bem em sociedade no município onde mora. Quando se afasta da família, dos amigos, viaja para longe, tem medo de passar mal e na maioria das vezes volta imediatamente para casa. E só descobriu seu real problema depois de parar no hospital com o coração acelerado. Muito cansaço pelo corpo e, ao segurar a mão da médica plantonista, pedia que não a deixasse morrer, pois ainda havia muitas coisas a fazer nesta vida, inclusive escrever essa crônica a qual você, amigo leitor, tem em mãos. Não foi fácil descobrir o real motivo de tudo isso ter acontecido do nada. Só depois de muita análise com psicóloga e medicações receitadas pelo psiquiatra que hoje tenta levar a vida normalmente.

      Para não viver refém das limitações, é preciso dar o primeiro passo rumo à liberdade. Desatar os nós do inconsciente e ver o real motivo que leva as pessoas a terem esse tipo de comportamento. Isso passa, muitas vezes, por tratamentos longos, tais como já disse: terapia para encararmos os problemas de frente, antidepressivos e exercícios físicos, tudo isso para elevarmos os níveis de seretonina em nosso organismo.

     Buscar qualidade de vida é o mais importante. Tenha a mente equilibrada, conviva bem com a família, procure não gastar mais do que ganha, valorize o seu emprego. Alimente o corpo com prudência, o espírito com amor e não tenha vícios.

      Espante para sempre os fantasmas do medo. Nunca deixe uma síndrome o dominar. Dê uma lição nela e mostre sua força. Mas para isso procure ajuda a partir do momento que detectar o problema, assim encontrará a mesma felicidade que hoje busco.

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